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quinta-feira, 20 de outubro de 2016

CQI (Continuous Quality Improvement)

O CQI (Continuous Quality Improvement ou Melhoria Contínua da Qualidade) é o desenvolvimento de um sistema de gestão que propicia a melhoria contínua e o aumento da confiabilidade de processos especiais*, enfatizando a prevenção de defeitos e redução de variação e desperdício ao longo do processo produtivo.

* Processos especiais são processos (ou subprocessos) que contribuem diretamente para a realização do processo principal. Por exemplo, em um processo principal de fabricação de peças automotivas, o processo de pintura, tratamento térmico, tratamento superficial ou de soldagem de alguma parte específica pode ser considerado processo especial, pois suas saídas não podem ser verificadas por monitoramento subsequente sem que comprometa ou mesmo destrua a peça.

Assim, os CQI’s são basicamente um conjunto de requisitos para a padronização de processos especiais onde o objetivo é garantir a qualidade dos produtos produzidos com base em parâmetros estabelecidos ao longo do tempo e falhas conhecidas pelas montadoras que a criaram.

Abaixo estão as normas CQI’s existentes e a que processos elas estão relacionadas:

CQI9 – Requisitos para o processo de Tratamento Térmico
CQI11 – Requisitos para o processo de Tratamento Superficial
CQI12 – Requisitos para o processo de Pintura
CQI15 – Requisitos para o processo de Soldagem
CQI17 – Requisitos para o processo de Soldagem a frio (eletrônica)

Os CQI’s , em conjunto com um sistema de gestão de qualidade reconhecido (como a ISO 9001 complementada com os requisitos da IATF 16949) e requisitos aplicáveis à clientes específicos, definem os requisitos fundamentais para o sistema de gestão dos processos especiais da empresa.

Os CQI’s pretendem fornecer uma introdução comum ao sistema de gestão de processos especiais para a produção automotiva e também para a divisão de serviços.

Os benefícios que os CQI’s trazem para a indústria automotiva incluem:

• A obtenção de melhor entendimento dos processos de manufatura das empresas;
• Uma abordagem comum para assegurar a qualidade e a confiabilidade de componentes na cadeia de fornecimento da indústria automotiva;
• A capacidade de identificar aspectos que demandam melhoria nos processos especiais bem como melhorias na capabilidade (estatística) dos mesmos.

Os manuais dos CQI’s possuem requisitos bastante específicos e detalhados que abrangem desde os parâmetros do processo para a fabricação de produtos, passando pelos meios e métodos de medição e controle bem como os registros e procedimentos que documentam tais processos. Outro requisito é que a empresa deve conter especialistas comprovados (com formação e/ ou experiência) em cada um dos processos especiais, designados exclusivamente para atividades relacionadas a tais processos, além de substitutos preparados para que as atividades principais continuem sendo executadas na ausência desse especialista.

Devem haver também pessoas treinadas nos respectivos CQI’s (aqueles que são aplicáveis à empresa) além de auditores internos para a verificação periódica da eficácia da implantação e manutenção de tais requisitos.

A certificação do CQI está relacionada a aplicação na íntegra dos requisitos dessa norma aos processos da empresa bem como pela validação (auditoria) por um representante da própria montadora ou de um terceiro homologado por ela para tal atividade.

Abaixo segue um resumo da função principal de cada processo especial:

TRATAMENTO TÉRMICO (HEAT TREATMENT)
Operação ou conjunto de operações realizadas no estado sólido que compreendem aquecimento, manutenção de determinadas temperaturas e resfriamento, realizados com a finalidade de conferir/alterar ao material determinadas características.

TRATAMENTO TERMOQUÍMICO (THERMOCHEMICAL TREATMENT)
Conjunto de operações realizadas no estado sólido que compreendem modificações na composição química da superfície da peça, em condições de temperatura e meio adequados.

ELETRODEPOSIÇÃO, GALVANOPLASTIA (PLATING)
Tratamento de superfície que consiste em depositar um METAL sobre um SUBSTRATO (metálico ou não), através da redução química ou eletrolítica.

PINTURA
A pintura refere-se genericamente à técnica de aplicar PIGMENTOS e RESINAS ORGÂNICAS, em forma LÍQUIDA OU PÓ, a uma superfície, a fim de colori-la e/ou protegê-la.

SOLDA (WELDING)- CQI 15
Operação ou conjunto de operações para a união de materiais, usualmente metais ou resinas termoplásticas, envolvendo fusão dos materiais de base e adição de material de preenchimento ou união (deposição).

SOLDA (SOLDERING)- CQI-17
Operação ou conjunto de operações para a união de materiais, usualmente metais ou polímeros, sem a ocorrência da fusão dos materiais de base, ocorrendo a fusão somente do material de ligação ou preenchimento.


Adaptado de Sistemasdegestão.e-Qualifica
Acessado em 23/06/2013.

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Horário de Verão 2016/2017

No sábado dia 16 de outubro, à meia-noite, milhões de brasileiros terão que adiantar os relógios em uma hora. É o início da temporada 2016/2017 do horário de verão nos estados do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, do Paraná, de São Paulo, do Rio de Janeiro, Espírito Santo,de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal. 


A medida adotada no Brasil desde 1931, tem como principal objetivo segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a redução da demanda no período de ponta, entre as 18h e as 21h. A estratégia é aproveitar a intensificação da luz natural ao longo do dia durante o verão para reduzir o gasto de energia. Entre os meses de outubro e fevereiro, os dias têm maior duração em algumas regiões, por causa da posição da Terra em relação ao Sol, e a luminosidade natural pode ser melhor aproveitada.
 
O horário de verão representa uma redução da demanda, em média, de 4% a 5% e poupa o país de sofrer as consequências da sobrecarga na rede durante a estação mais quente do ano, onde o uso de eletricidade para refrigeração, condicionamento de ar e ventilação atinge o pico.             

Atualmente, o horário brasileiro de verão é regulamentado pelo Decreto 8.112, de 30 de setembro de 2013, que revisou o Decreto nº 8.556, de 8 de setembro de 2008. Ele começa sempre na terceira semana  do mês de outubro e termina no terceiro domingo de fevereiro do ano subsequente, exceto quando coincide com o carnaval, caso em que é postergado para o domingo seguinte.              

domingo, 2 de outubro de 2016

A perspectiva do ciclo de vida do produto


A definição de ciclo de vida de acordo com a norma ISO 14001: 2015 é "fases consecutivas e interligadas de um sistema de produto (ou serviço), desde a aquisição de matéria-prima ou a geração a partir de recursos naturais até a disposição final. Fases do ciclo de vida incluem a aquisição de matérias-primas, design, produção, transporte / entrega, utilização, tratamento de fim de vida e disposição final."

A consciência de que as nossas escolhas não são isoladas, mas a influência de um sistema maior, nos permite avaliar melhor estas escolhas. A compra de papel de escritório é um bom exemplo. Se você soubesse que leva 24 árvores para criar 50.000 folhas de papel de escritório e 2,3 metros cúbicos de espaço de aterro para dispor dela, você pode escolher o papel feito a partir de material reciclado e eleger para apoiar os produtores de papel dessa fonte de florestas geridas de forma sustentável.

Fazendo escolhas para o longo prazo e considerando todas as questões ambientais e sociais associados com estas escolhas, podemos evitar decisões de curto prazo que levam à degradação do meio ambiente - como a pesca abusiva ou poluição do nosso ar com mercúrio.

Melhorar sistemas inteiros, e não peças únicas de sistemas, evitando decisões que fixam um problema ambiental, mas causam um outro problema ambiental inesperada ou onerosa nos ajuda a, através do conceito de ciclo de vida do produto/serviço, evitar a transferência problemas de uma fase do ciclo de vida para outra, de uma região geográfica para outra e de um meio ambiente (ar, água ou solo) para outro.

Fazer escolhas conscientes, embasadas - não necessariamente em termos de escolhas "certas" ou "erradas", simplesmente nos ajuda a colocar as nossas decisões em contexto com fatos de todas as partes do sistema ou ciclo de vida do produto/serviço.

Isso significa que nós olhamos para os impactos não intencionais de nossas ações (tais como danificar um ecossistema natural ou inadvertidamente apoiar condições de trabalho abusivas e salários) e tomamos algumas medidas para evitar esses impactos (como a compra de papel de escritório a partir de florestas geridas de forma sustentável ou café certificado "com selo de confiança"). Por exemplo, se a loja no quarteirão do seu escritório vende café cultivado pelos trabalhadores que recebem um salário justo no mercado mundial, cultivado sem pesticidas que prejudicam as pessoas plantando ou colhendo o feijão e de uma plantação que não causou um florestas ameaçadas para ser cortada, você pode optar por comprar o seu copo diário daquela loja.