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domingo, 9 de julho de 2017

Auditoria Interna: bom para a empresa e bom para o colaborador

O processo de auditoria interna nada mais do que um processo sistêmico para verificar o grau de aderência das atividades avaliadas ao disposto nos requisitos da norma de referência.

Ou simplesmente...

checar se estamos fazendo corretamente aquilo que foi planejado

Este processo é fundamental para assegurar que um sistema de gestão, seja qual for o tema (Qualidade, Meio Ambiente, Saúde e Segurança do Trabalho, Segurança da Informação, etc.) continue operando em conformidade com as diretrizes estabelecidas e não apenas alcance os resultados desejados, mas também melhore continuamente seu desempenho.

O colaborador que tem a possibilidade de ser treinado e atuar como auditor interno ganha vantagens como:

  • Visão mais ampla sobre a empresa na qual trabalha
  • Visão e compreensão mais amplas sobre as rotinas de outros departamentos e como estas rotinas se complementam para alcançar os resultados planejados
  • Competência técnica adquirida que agrega valor ao currículo do profissional
  • Aguçamento da percepção e expansão de sua visão holística
  • Desenvolvimento de habilidades interpessoais e técnico-administrativas


O treinamento e participação em auditorias internas costuma ser, inclusive, o passo inicial para uma promoção ou mudança de área, para quem se interessa pela área de gestão.

A empresa, é claro, pode contar com o trabalho de pessoal confiável e já inserido em seu contexto.

Mas gestor, cuidado ao selecionar seus auditores internos, para trazer desconforto à ambas às partes!

Antes de mais nada, para se tornar um bom auditor interno, o candidato deve possuir algumas características ou ser capaz/estar disposto à desenvolver algumas competências

Comportamento pessoal
  • ético, isto é, justo, verdadeiro, sincero, honesto e discreto;
  • mente aberta, isto é, disposto a considerar ideias ou pontos de vista alternativos;
  • diplomático, isto é, com tato para lidar com as pessoas;
  • observador, isto é, estar atento à circunvizinhança e às atividades físicas;
  • perceptivo, isto é, estar consciente e ser capaz de entender situações;
  • versátil, isto é, ser capaz de prontamente se adaptar a diferentes situações;
  • tenaz, isto é, persistente, focado em alcançar objetivos;
  • decisivo, isto é, ser capaz de chegar a conclusões em tempo hábil, baseado em razões lógicas e análise;
  • autoconfiante, isto é, ser capaz de agir e atuar independentemente, enquanto interage de forma eficaz com outros;
  • agir com firmeza, isto é, ser capaz de atuar de forma ética e responsável, mesmo quando essas ações possam não ser sempre populares e possam algumas vezes resultar em desacordo ou confronto;
  • aberto a melhorias, isto é, aprender a partir das situações e esforçar-se para obter melhores resultados da auditoria;
  • sensibilidade cultural, isto é, observar e respeitar a cultura do auditado;
  • colaborativo, isto é, interagir de forma eficaz com outros, incluindo, os membros da equipe auditora e o pessoal do auditado.

Conhecimentos e habilidades
(podem ser adquiridos e/ou desenvolvidos em treinamentos e através da experiência)

  • aplicar princípios, procedimentos e métodos de auditoria;
  • planejar e organizar o trabalho com eficácia;
  • realizar a auditoria dentro da programação acordada;
  • priorizar e enfocar os assuntos de importância;
  • coletar informações através de entrevistas eficazes, escuta, observação e análise crítica de documentos, registros e dados;
  • entender e considerar opiniões de especialistas;
  • entender a conveniência e consequências de usar técnicas de amostragem para auditar;
  • verificar a relevância e a precisão das informações coletadas;
  • confirmar a suficiência e conveniência da evidência de auditoria para apoiar as constatações e conclusões da auditoria;
  • avaliar aqueles fatores que possam afetar a confiabilidade das constatações e conclusões da auditoria;
  • usar documentos de trabalho para registrar atividades de auditoria;
  • documentar as constatações de auditoria e preparar os relatórios de auditoria apropriados;
  • manter a confidencialidade e a segurança da informação, dados, documentos e registros;
  • comunicar-se com eficácia, de forma oral e por escrito (tanto pessoalmente quanto pelo uso de interpretes e tradutores);
  • entender os tipos de riscos associados com auditoria;
  • normas do sistema de gestão ou outros documentos usados como critério de auditoria;
  • a aplicação de normas do sistema de gestão pelo auditado e outras organizações, conforme apropriado;
  • interação entre os componentes do sistema de gestão;
  • reconhecimento da hierarquia dos documentos de referência;
  • aplicação de documentos de referência a diferentes situações de auditoria.
  • aspectos culturais e sociais do auditado;
  • leis e regulamentações e as agências que governam; e
  • terminologia legal básica; entre outros.
 Referência: ISO 19011:2012 - Diretrizes para Auditorias de Sistemas de Gestão


Fábio Carvalho possui vivência de mais de dez anos implementando, coordenando e auditando Sistemas de Gestão da Qualidade e Ambiental.
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